sexta-feira, 28 de maio de 2010

Se o headhunter é o caçador de talentos, quem seria a sua caça?

Por Luiz Henrique Silva

A resposta parece óbvia, mas a “caça”, no melhor sentido da palavra, não é necessariamente todo e qualquer profissional que esteja, ou não, à procura de uma recolocação.


A pré-seleção dos candidatos também é feita pelo headhunter que analisa os currículos, entrevista e seleciona os talentos mais qualificados para ocupar a posição. A função do headhunter vai muito além dos serviços prestados pelas agências de emprego, justamente por selecionar profissionais de alto escalão e gestores de empresas, ou seja, ultrapassa os limites de uma simples busca por funcionários.


Isso posto, conclui-se que, para o headhunter, a sua “caça” é aquele restrito grupo de profissionais cujas qualificações preencham o maior número possível de pré-requisitos (se não todos) definidos para ocupar a posição que se busca preencher. Geralmente encontram-se dois ou três profissionais qualificados, mas a escolha final do talento para ocupar a posição, fica à cargo da empresa contratante, após entrevistar os finalistas.


Segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), a geração de empregos nas principais metrópoles brasileiras dobrou no primeiro trimestre deste ano. É o maior saldo de postos de trabalho que o mercado já observou em um início de ano.


Passada a denominada “marola” consequência da crise mundial, com poucos efeitos colaterais no mercado brasileiro, considerando a devastação provocada nas grandes potências e demais países do mundo, temos lido ou ouvido falar muito que o mercado de trabalho está bem aquecido. Isto não significa que você possa pedir a conta do seu emprego atual e terá um outro emprego, do jeitinho que você sempre sonhou, batendo à sua porta. Não faça isso nem que você seja amigo íntimo de um headhunter! Porém, se você sabe que o mercado está fervendo por profissionais com o seu perfil, vale a pena conversar antes com um profissional competente para não dar um passo errado. Saiba que o seu poder de negociação fica bem reduzido quando se está “PhD” (Por Hora Disponível), para não dizer desempregado, com todas as letras.


Se você está satisfeito e não estiver buscando uma mudança de emprego naquele momento, mas recebeu um convite de um headhunter para participar de um processo de hunting, seja transparente: deixe isso claro, mas ao mesmo tempo, procure valorizar essa oportunidade. Agende uma conversa com ele para conhecer as oportunidades oferecidas e procure cultivar um relacionamento de longo prazo. Nunca se sabe quando você irá precisar. Se isso ocorrer, é bom que já tenha causado uma boa primeira impressão. Todavia, desconfie se alguém que se intitula headhunter chegue até você com promessas de ótimos cargos, salários e ofereça cursos para sua recolocação e cobre valores expressivos por isso. Muito provavelmente você está sendo vítima de golpe, já que a remuneração do headhunter é proveniente da empresa contratante e não da pessoa física.

É extremamente recomendável verificar sempre a integridade da empresa por traz do headhunter.

Boa sorte e muito sucesso profissional.






O Luiz Henrique é um velho integrado e grande amigo que acompanha a Integru desde sua fundação. Já atuou em projetos internacionais, tem experiência na liderança de grandes equipes e na condução de grandes projetos e conhece muito sobre meios eletrônicos de pagamento. Pós-graduado em Marketing Global pela FAAP, é um espírito empreendedor, vidrado em tecnologia, sempre procurando novidades e desafios. Ultimamente anda encantado com o mundo do Hunting.