segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Secretária, Obrigado!


Profissão de origem antiga, relacionada às atividades dos antigos "Escribas". O nome "secretária" vem do latim "secernne" que significa "separado", "ser diferente". Contextualmente tinha a ver com o local de trabalho, que deveria ser um "lugar retirado" ou "conselho privado", pela característica do profissional: "a pessoa a quem são confiados os segredos e confidências de um superior".

No passado era coisa de homem, no início do século XX tornou-se "profissão de mulher" - por conta das grandes guerras. Hoje não é mais exclusividade deles ou delas, apesar de ainda haver mais mulheres do que homens. Enfim! São estes profissionais maravilhosos que cuidam de tudo para que grandes ações aconteçam. Sem a sua capacidade de percepção e organização, sem sua inteligência e conhecimento, seria muito difícil "fazer acontecer" as grandes ideias da humanidade!

Por isso, a Integru diz a todos os secretários e secretárias: Muito obrigado pelo seu excelente trabalho!

terça-feira, 24 de setembro de 2013

E é PRIMAVERA!

Para comemorar a chegada da primavera, que começou ontem, Daltro Salvador providenciou flores para todos - e fez questão de entrega-las pessoalmente. Dessa vez, os nossos rapazes também ganharam plantinhas para colocar em suas mesas. As fotos abaixo mostram a entrega das flores, que aconteceu hoje de manhã aqui na Integru.


quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Seja Verdadeiro

por Daltro Salvador 

*Artigo publicado originalmente na Revista Marketing Industrial #61 - set/2013



Faz muito tempo que se fala em Missão, Visão e Valores, e praticamente qualquer empresa possui este trio de atributos em seus Planos Estratégicos, em seus sites da Internet, em seus folhetos, lâminas, propaganda etc. Mas, será que este conceito já não envelheceu? Será que a administração das empresas não precisa de uma "reciclagem"? Onde está a razão da sustentação deste trio por tantos anos? Como disse um comentarista, "... às vezes, vê-se um elenco de altos Valores em uma empresa, mas ela está cheia de reclamações no Procon...".

Quando, lá em 2003, fomos elencar estes atributos para a empresa que estávamos fundando, nos inspiramos no significado de nosso próprio nome - INTEGRU -, e dele extraímos a nossa essência. Ao terminarmos, a lista de nossos valores estava totalmente adequada àquilo que estávamos conquistando e que, hoje, atingimos com esforço, mas com muita satisfação!

Isso demonstra que a prática não está obsoleta e nem precisa de reciclagem, desde que os valores sejam perseguidos com trabalho árduo e estruturado. E, antes de tudo, que não sejam apenas ideias, desejos ou um mero artifício mercadológico. Os valores estabelecidos devem ser verdadeiros, percebidos pelas pessoas com quem a empresa mantém relacionamento por suas ações e não como um simples item padrão de material de comunicação institucional. Um consultor nos disse o seguinte: "Uma empresa que apregoa seus valores deve estar sustentada por um tripé lógico: capacidade e estrutura operacional para tê-los; permeável em toda a organização e em todos os colaboradores; e que produzam resultados visíveis e perenes".

Isso não quer dizer que, se o tripé estiver "meio manco", simplesmente devemos mudar ou eliminar os valores previamente estabelecidos. Faz parte dos esforços diários de uma empresa agir para que estes valores sejam verdadeiros. É assim que deveria funcionar: você estabelece o que quer, de que maneira deseja, dentro de uma realidade possível, e realiza esforços para que se concretize. Porque, ao estabelecer esse "como quer que seja", em tese, deveria estar optando pelo que acredita ser o melhor, além de apenas "ganhar dinheiro". Ou seja, você definiu o caminho que deseja seguir, que resultará em ganhos além dos monetários. Basta apenas, portanto, seguir o tal caminho.

A lógica parece simples e óbvia. Lendo qualquer texto sobre planejamento e estratégias de mercado, tudo isso parece fazer muito sentido. Então, por que muitas vezes não funciona? Porque muitas empresas têm lá sua missão somente como um simpático adereço. Não sabem usar. Escrevem aquilo que os seus clientes vão achar bonito, mas não seguem de fato, não é verdadeiro. No final, torna-se uma paisagem inútil - e pode até mesmo ressaltar cenários negativos de sua realidade.

Entre uma placa pendurada na parede, bonita, para todos verem que a empresa tem uma definição para si de missão, visão e valores e a consciência e, principalmente, o alinhamento de seus gestores sobre estes três itens, mesmo que não haja nada escrito, preferimos a segunda opção.

Quando eu e meus sócios criamos a Integru, procurávamos por algo a mais. Todos viemos de consultorias de informática, mas já com uma bagagem de mais de 20 anos. Não éramos novatos ingênuos desejando apenas eliminar os “intermediários que lucravam com o nosso trabalho”. Procurávamos por um modelo de negócios em concordância com nossos valores pessoais. Os ambientes por que passamos tinham as pessoas como números representantes de lucro ou prejuízo. Um cenário muito comum no mercado de Tecnologia da Informação. Buscávamos criar uma empresa desejável para se trabalhar por proporcionar uma boa qualidade de vida, com um bom ambiente de trabalho, justo e enriquecedor para todos. Em que cada indivíduo percebesse que pode ser ouvido e que faz parte de cada conquista. E que o mercado a desejasse como fornecedora pela sua qualidade e valores corretos, importantes para quem busca uma sociedade melhor.

Inicialmente, era um sentimento de aparência confusa, que ia contra as possibilidades que o mercado apresentava, como se fosse impossível. Organizamos essas ideias e desejos, começando pela definição do nome da empresa - Integru - e na determinação dos nossos valores, como citado anteriormente.

Valores Integru 


Este arcabouço todo nos levou a construir um modelo de crescimento e de visão, que permite estarmos em contínua reavaliação em longo prazo, mas com os pés bem centrados no hoje.

Como dito, falar (ou criar um texto bonito sobre o assunto) é muito mais fácil do que seguir estas definições. Nestes dez anos de empreitada nos vimos diversas vezes confrontados a situações que, aparentemente, eram verdadeiros dilemas. Oportunidades tentadoras, mas incoerentes com o que havíamos estabelecido para nossa empresa. Precisávamos nos estabilizar financeiramente, porém percebemos que não poderíamos fazer isso a todo e qualquer custo. Comprometeria os nossos valores e os resultados desejados.

Evidentemente houve “perdas” aparentes. Chegamos a nos retirar de oportunidades ao perceber que o “prospect” em questão não compartilhava de nossos valores, de nossa forma de atuar, ou que as negociações nos levariam a adequações que prejudicariam a estrutura proposta. Mas essa postura trouxe resultados futuros positivos.

O grande foco em “pessoas” também levou a investimentos maiores em ações e estrutura apropriadas para este fim. Desde cartões de aniversário personalizados com foto até um forte departamento de Gestão de Pessoas, conduzido por psicólogas especialistas no assunto e pessoal dedicado ao atendimento das necessidades de nossos colaboradores. Um dos grandes desafios, no nosso caso, era o de manter o time da Integru unido, integrado à empresa, mesmo que estivesse disperso fisicamente por clientes, situados por todo o Brasil.

Para muitas empresas mais tradicionais, pode parecer um desperdício de esforços e recursos. Porém, uma pesquisa que realizamos nos cinco anos de empresa (em 2008) demonstrou que mais de 90% dos integrados (como chamamos nossos colaboradores) estava satisfeito ou muito satisfeito em trabalhar na Integru. Este número tem o reforço de outro mais importante: o turnover na mesma época era de apenas 5%. Quem conhece o mercado de TI, sabe que isto é um feito raro. Aliás, uma raridade mesmo em comparação à média geral nacional da época, em torno dos 50%. Os benefícios decorrentes do baixo índice de turnover e alto comprometimento dos profissionais vão desde a retenção de talentos e conhecimento na empresa até a maior disposição para participar de projetos de inovação.

Hoje, dez anos depois, os resultados não poderiam ser mais satisfatórios. A nossa postura funcionou como uma espécie de filtro, que manteve por perto apenas as empresas e integrados com anseios similares aos nossos. Atraiu pessoas que têm um olhar à frente, levando a parcerias na realização de projetos e na co-criação de novas soluções, serviços e produtos.

Manter o foco da empresa, mercadologicamente falando, torna-se bem difícil dadas as tantas oportunidades que surgem dessa liberdade que nossos integrados têm para trazer novas sugestões, demonstrar e aplicar conhecimentos de outras áreas. Porém, não fosse dessa liberdade, não teríamos ampliado nosso leque de especializações - inicialmente éramos uma empresa de TI altamente especializada no segmento de Meios Eletrônicos de Pagamento. Atualmente, podemos oferecer um olhar especializado sobre aviação, saúde, seguros e agronegócios, segmentos que também possuem características muito específicas.

Quando encontramos uma solução ou serviço interessante, mas distante do core business da Integru, auxiliamos nossos parceiros na inovação como uma incubadora de empresas, até que a “startup” consiga andar por conta própria, podendo manter ou não uma sociedade com a Integru.

Também é trabalhoso iniciar e manter projetos e programas que envolvam o time. Um deslize e a ação pode se transformar em um grande transtorno para a imagem da empresa. Ao iniciar um novo projeto interno, é preciso ter consciência de que a sua manutenção adequada e, quando aplicável, a finalização é tão ou mais importante do que o seu início. Uma boa apresentação de resultados auxilia no engajamento de futuros projetos. Reforça a credibilidade.

Este exemplo é apenas um pedaço de algo que tenho vivido e construído no meu dia a dia pelos últimos dez anos. Uma experiência que fico feliz em compartilhar. Evidentemente que os propósitos e intenções de mercado de outras empresas não precisam ser como os nossos - nem devem! Cada empresa tem a sua identidade própria, a sua cultura. Em alguns casos ela se constrói sozinha, como consequência às pessoas que passam por ela. Em outros, ela é pré-definida por seus dirigentes, antes mesmo de nascer. Mas de um modo ou de outro, sempre acaba sendo “top to down”, porque são as decisões dos gestores que levarão a empresa por este ou aquele caminho.

Se você pretende definir - ou mesmo, redefinir - a missão, visão e valores de sua empresa, procure pelo que for real e não pelo que for mais bonito aos olhos do mercado. Mas, o mais importante: devem ser verdadeiros. Uma vez que estiver tudo definido, não os esqueça. Seja íntegro com o estabelecido. Reforçamos que não será fácil. Porém, são esses valores que deverão ajudar você a tomar as decisões mais adequadas para sua empresa e a orientar o seu time para que todos caminhem juntos, seguindo a direção certa.






Daltro Salvador
É CEO da Integru Soluções Corporativas, empresa dedicada à Tecnologia da Informação; também é membro associado do Instituto de Marketing Industrial.