sexta-feira, 5 de março de 2010

Inovando para Sustentar

Por Lívia G. Chiappetta

A Integru, sempre preocupada em atualizar seus conhecimentos sobre Sustentabilidade e Inovação, acreditou na importância de participar da 6ª Conferência Internacional de Inovação e Gestão (ICIM/ 2009) - realizada pela primeira vez no Brasil organizada pelo Núcleo de Estudos do Futuro da Universidade Católica de São Paulo (NEF-PUC).

No início de dezembro fiquei imersa por três dias no teatro Tuca, em Perdizes, assistindo aos conferencistas nacionais e internacionais, e, tentando buscar o maior número de informações de vanguarda para nossa empresa. O teatro estava lotado de gente de todos os lugares do mundo, principalmente chineses.

O ICIM tem como premissa destacar o pensamento atual e as tendências de futuro na gestão de sistemas de inovação social, economia baseada no conhecimento e natureza de sistemas de negócios emergentes focados no Desenvolvimento Sustentável. A questão principal levantada por todos os palestrantes é como unir esforços para superar esses grandes desafios do presente e do futuro, local e global. No evento participaram especialistas da China, Japão, Holanda e Brasil.

Jerome Glenn, dos USA, comentou sobre os desenvolvimentos tecnológicos conquistados neste início do século 21 e nos levou a refletir sobre o que nos espera nos próximos 25 anos. Em sua opinião, as próximas tecnologias estarão voltadas às novas formas de vida que produzam energia, assim como a um maior desenvolvimento e utilização da Nanotecnologia. Para ele as maiores questões futuras estão relacionadas ao compartilhamento ético e moral das nações e a utilização da água sem causar conflitos internacionais. Aliás, a água foi citada em várias ocasiões como o bem mais precioso da humanidade para as próximas décadas.

Destaco também a participação da Rosa Alegria, brasileira, consultora e facilitadora de processos de mudança e inovação, responsável pelo white paper "Women Foresight Study", sob a responsabilidade do Projeto Millennium. A autora defendeu a idéia do neo-renascimento da inovação, no qual há a democracia do pensar pela co-criação, a produção colaborativa e a criação de novas formas de trabalho (por exemplo: wikis, twitter, blogs, youtube).

Rosa também comentou a mudança cognitiva e comportamental da Geração Digital, e suas implicações na economia de consumo, assim como no conceito de "Prosumidor" (prosumer, em inglês) solidificado por Alvin Toffler em 1970. Neste conceito, produtor e consumidor se mesclam, tendo atuação ativa e significativa com maior independência da economia de mercado.

Os demais palestrantes também demonstraram interessantes pontos de vista, como o canadense Paul Werbos, que relacionou a evolução cerebral com o desenvolvimento tecnológico, e também o holandês Geert Duysters que destacou a importância das alianças para o desenvolvimento econômico, ou a americana Hazel Henderson que defendeu suas teorias futuristas, entre elas a da "Economia do Amor".

Mas como o tempo urge e o "feijão está queimando", gostaria de concluir esta narrativa citando um dos últimos palestrantes, Marcos Arruda, que destaca a aproximação entre a ciência e a espiritualidade, e que, só poderemos desenvolver o mundo no qual vivemos, se primeiro nos desenvolvermos internamente, substituindo o 'eu-solitário' pelo 'eu-solidário'.

Abraços e até a próxima!

* A integrada-autora atua com Gestão de Pessoas desde 2005, especializando-se na área de Educação Corporativa e Treinamento e Desenvolvimento. Desde 2008 trabalha na Integru, inicialmente na área interna de Gestão de Pessoas, e, hoje, com maior foco na área de projetos internos e externos.

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